Realizador:Bernardo Bertolucci
Ano:2003
País:FR
Duração:115 min
The Dreamers é um filme de uma relação entre três jovens envolto numa nostalgia terna, que recupera uma época que, sem qualquer dúvida, muito diz ao seu realizador. Bertolucci viveu também ele de perto a realidade retratada no filme, e é bastante notória a paixão com que filma cada plano desta sua obra, onde nos mostra não só o seu amor incondicional pelo Cinema (e pela sua força e pelo seu significado) como também aproveita para recuperar o idealismo político vivido na época. Talvez não seja de todo despropositado dizer que o filme vive no passado, mas vamos por partes. Primeiro, e acima de qualquer outra coisa, está o Cinema, e tudo aquilo que ele arrasta consigo, especialmente para este grupo de jovens. Como se nada mais importante na vida existisse para além do cinema, para além das imagens projectadas na sala escura. Para estas personagens, o Cinema é uma experiência visceral, e assume uma posição vital, como se a vida existisse para o imitar, para o reproduzir, e não o contrário. Daí que por vezes possa tornar-se bastante desconfortável assistir ao filme, porque Bertolucci leva esta ideia até às últimas consequências, ou seja, do Cinema não vêm apenas o maravilhamento e a magia, mas vêm também os desejos e as frustrações sexuais tornando-o, se necessário, num assunto de vida ou de morte e este trio leva-o até às últimas consequências. É particularmente inspirada a forma como o realizador italiano consegue criar na sua história uma série de paralelismos com a própria História do cinema, através de uma hábil montagem e uma construção narrativa bem especial.
Caros Anónimos,
ResponderEliminarObrigado pela visita ao Additional Camera. Irei fazer a divulgação deste espaço, entre muitos outros, através de uma rubrica que, espero, arranque em breve no meu blogue.
De facto, desconhecia que o cinema gay português está entre os 5 primeiros a nivel mundial. Voltarei para acompanhar os conteúdos dos vossos artigos. As maiores felicidades.
Relativamente ao filme, é sem dúvida uma obra à parte: cinema dentro do próprio cinema! Eva Green faz uma interpretação fabulosa.
ótima indicação, adorei a atmosfera do filme..
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